Contra a
corrente que aprisiona a mente
Contra a
corrente que aprisiona a alma
Contra as
amarras que nos dão uma falsa calma,
Prendem-nos
e não nos deixam reagir
Contra a
corrente da mesmice que compromete o existir
Contra os
grilhões que invertem os valores
Confundem
os normais e criam tantas dores
Contra a
corrente que se diz majoritária
Que do
alto de uma montanha solitária
Usam
caras canetas para cometer um genocídio mudo
Peças em
um gigante tabuleiro, usados como escudos
São
tantas Marias, Josés e Antônios
Cegos
pela penumbra de velhos demônios.
(J.
Victor Fernandes )
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